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Diáspora: Fim de semana marcada por assassinatos de duas cabo-verdianas pelos seus companheiros
 
																								
												
												
											As comunidades cabo-verdianas em Portugal e França e não só se mostraram transtornadas com os casos de assassinato de duas mulheres nas casas dos 27 a 30 anos pelos seus companheiros na noite de sexta-feira, 15, em atos de crime de feminicídio e violência doméstica.
Os dois casos aconteceram na mesma noite, em atos que, conforme as imprensas francesas e portuguesas, constituem a casos de violência rara comprovadas pelos vestígios de sangue nos locais onde as vítimas foram encontradas.
No caso de França, a vítima, conhecida por Edna Cabral, de 31 anos, foi esfaqueada até à morte pelo seu próprio marido, em Noisy-Le-Sec, conforme o jornal Le Parisien.
Segundo Le Parisien, a vítima foi descoberta inconsciente pela polícia local, por volta da 1h30, com sinais de facada na garganta e na região do coração, tendo acabado por falecer momentos depois.
A mesma fonte revela que a mulher da origem cabo-verdiana estava deitada numa sala de estar manchada de sangue.
“Um vizinho havia alertado a polícia que um casal estava a discutir. Ele ouvira gritos vindos do apartamento. Ele também disse que um homem havia fugido a pé. O indivíduo era reconhecível por seu “short” laranja. Ele foi preso muito rapidamente na esquina da rue Alsace Lorraine com a avenue de Rosny, não muito longe da cena do crime. O agressor não ofereceu resistência”, lê-se no “website” do Le Parisien.
O companheiro da vítima foi detido pelas autoridades francesas momentos depois e também apresentava alguns sinais de ferimento por arma branca.
Segundo relatam os amigos do casal, os dois, embora conhecessem há muito tempo, viviam juntos há pouco mais de um mês e não tinham histórico de violência.
Edna, carinhosamente chamada Branca, era natural da localidade de Flamengos, no concelho de São Miguel, interior da ilha de Santiago. Segundo as suas amigas, ela será recordada por ser uma pessoa alegre.
O caso de Portugal teve desfecho diferente. Uma cabo-verdiana de cerca de 27 anos foi assassinada pelo seu companheiro, que se suicidou posteriormente atirando-se do sétimo andar de um prédio em Rio de Mouro, concelho de Sintra.
Segundo as informações avançadas pela imprensa portuguesa, os bombeiros de Agualva-Cacém foram acionados pelas 20h27 para uma queda de um sétimo andar e minutos depois foram informados de que uma mulher, já cadáver, foi encontrada no meio de uma “poça de sangue” no “hall” da habitação de onde o homem se tinha atirado.
Inicialmente os jornais portugueses noticiaram que a mulher cabo-verdiana, conhecida por Vânia Monteiro, foi morta asfixiada com saco de plástico na cabeça, mas as informações reveladas hoje dão conta que ela foi morta com facadas no pescoço.
As autoridades portuguesas afirmam que os primeiros indícios apontam para um crime em contexto de violência doméstica.
De acordo com a imprensa portuguesa, os gritos e agressões entre o casal, levou o filho, um bebé de cerca de 20 meses, a esconder-se num quarto. A criança ficou à guarda do tio.
Segundo revelou ao Terra Longe Online uma amiga e colega de trabalho de Vânia Monteiro, ela era uma pessoa sorridente e simpática.
Várias pessoas usaram as redes sociais online para lamentarem e condenar essas perdas trágicas, apelando à serenidade numa relação.

 
									 
																	 
									 
																	 
									 
																	 
									 
																	 
									