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José Maria Neves eleito Presidente da República de Cabo Verde à primeira volta
O antigo primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves” foi eleito hoje Presidente da República de Cabo Verde com o lema “Djunta Mon Kabesa y Korason” [Juntar as Mãos, Cabeça e Coração], de acordo com os dados provisórios da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Segundo os resultados provisórios da CNE divulgados através da plataforma eleicoes.cv, o candidato apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) obteve 51.5 por cento(%) dos votos, vencendo as eleições presidenciais de 2021 em Cabo Verde com maioria absoluta à primeira volta.
Num momento em que já estão apuradas 97% das mesas de voto, José Maria Neves já obteve 93.149 votos contra 77.18 de Carlos Veiga (42%), 3.254 (1.8%) de Casimiro de Pina, 2.509 (1.4%) de Fernando Rocha, 2.102 (1.2%) de Hélio Sanches, 1.546 (0.9%) de Gilson Alves e 1.365 (0.8%) de Joaquim Monteiro.
José Maria Neves, antigo Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, já desempenhou vários cargos políticos no país.
A 14 de Janeiro de 2001 venceu as eleições legislativas e foi indigitado para o cargo de primeiro-ministro, função que exerceu até Abril de 2016.
Depois de deixar a chefia do Governo, José Maria Neves, que é quadro da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), passou a dedicar-se à docência, e, em 2018, criou a Fundação José Maria Neves.
Doutorando em Administração Pública, José Maria Neves, que se autodefine como um democrata, que respeita as diferenças, uma pessoa tolerante que dialoga, quer, sobretudo, “construir entendimentos e consensos” em relação aos desafios.

Na apresentação da sua candidatura, garantiu que será o primeiro embaixador da Nação, tendo a reconstrução do país como prioridade.
” (…) Serei o primeiro Embaixador da República. Trabalharei, em estreita cooperação estratégica com o Governo, para mobilizar a nação, os cabo-verdianos nas ilhas e na diáspora, e parcerias internacionais, públicas e privadas, para continuarmos a combater o vírus, ganhar a imunidade e garantir os investimentos necessários para levantar o país na pós-pandemia”, declarou aquando da apresentação da sua candidatura.
Segundo ele, os problemas actuais como a retracção da economia, o aumento do deficit da dívida, do desemprego, da pobreza e das desigualdades, a falência de empresas, as perdas emocionais e sociais são razões para o reforço do diálogo e confiança mútua, com foco em soluções conjuntas.
